quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Luffa operculata - Matéria Médica

http://www.principiovital.com.br/html/br/mmavulsa/luf-op.html

Planta pertencente à família das Cucurbitaceae, originária da América do Sul, e nativa no Brasil. É uma trepadeira de caule penta-anguloso, gavinhas simples ou bífidas, compridas e vilosas. Folhas longo-pecioladas, cordiformes ou reniformes, angulosas ou lobadas (3-5 lobos), um pouco ásperas. Flores amarelas, campanuladas, pequenas, axilares. Frutos ovóides, moles, pequenos, ásperos e com pequenas nervuras ou saliências espinescentes e seriados. Sementes compridas, lisas, com as margens regulares, sem alas. Seu nome popula deriva da sua aparência semelhante à da "bucha de banho", mas apresenta um tamanho menor (cerca de 8 cm). Popularmente é usada para rinites e rinofaringites. Há registros de casos de intoxicação com esta planta, ocorrendo sintomas cerca de 24 horas após a ingestão do chá. Náuseas, vômitos, dores abdominais e dores de cabeça são os sintomas primários, subsequentemente advêm hemorragias, podendo ocorrer o coma e a morte.

De acordo com Mezger, o Iodo é um importante constituinte ativo da planta.

Luffa operculata foi introduzido no início dos anos 1960 pelo Dr. Willmar Schwabe na matéria médica homeopática, após visitar a Colômbia, na América do Sul, onde conheceu seu tradicional uso para o tratamento de sinusite. Em 1962-63 O Dr. Raeside realizou em Londres novas experimentações. Em 1986 novas experimentações foram publicadas pelo "Deutschen Zentralvereins".


"Os textos aqui apresentados foram obtidos através de compilação ou reprodução de patogenesias de um ou vários autores assinalados no início, tendo sido adaptados e livremente traduzidos para o Português"

Textos extraídos e adaptados das Matérias Médicas de Frans Vermeulen, O.A. Julian, Vijnovsky, Nilo Cairo e Artigos de revistas Homeopáticas dos Autores das experimentações e Homeopatas diversos.

Características gerais

Luffa operculata foi introduzido no início dos anos 1960 pelo Dr. Willmar Schwabe na matéria médica homeopática, após visitar a América do Sul onde é usado tradicionalmente para o tratamento de sinusite. Em 19602-63, as experimentações do Dr. Raeside em Londres confirmaram muitos sintomas respiratórios alérgicos. Luffa operculata mostrou não ser um remédio de ação profunda, seu tempo de ação sendo de 6 a 34 horas, mas o remédio pode ser tomado diariamente por meses. Embora os pacientes tenham ficado livres dos sintomas de asma, eles podiam ser tratados ao mesmo tempo com um remédio constitucional.

Mental

Falta de concentração.

Medo de câncer.

Ilusão de ter câncer no cólon.

Cólera por bagatelas; agg. pelo barulho.

Distraído.

Falta de reação com uma condição de colapso com indiferença.

Sonhos muito ansiosos com música e barulho.

Generalidades

Cansaço e fadiga física ou corporal.

Hipertrofia da glândula tireóide.

Grande sede e apetite voraz; com emagrecimento.

Secura das mucosas.

Alergias respiratórias (rinites, asmas).

Cabeça

Cefaléias; violentas; surdas, iniciando-se na fronte estendendo-se para o pescoço.

Cefaléias na região occipital.

Cefaléias na região frontal; com vertigem e moscas que voam diante dos olhos; e fotofobia; agg. em quarto quente.

Olhos

Olhos pesados secos; lacrimejamento com sensibilidade à luz; visão pesada.

Nariz

Espirros violentos e prurido interno do nariz.

Rinite crônica, com envolvimento dos seios paranasais.

Nariz entupido, com espirros frequentes; resfriados com sinusite.

Sinusite com cefaleia e secreção aquosa do nariz.

Resfriado com secreção nasal, branca ou amarela, especialmente de manhã, mais clara e transparente no decorrer do dia.

Resfriados com sintomas nasais e face ruborizada e quente e boca seca, assim como os olhos.

Secura da mucosa nasal (dolorosa) com formação de crostas aderentes.

Agg. por ar confinado e ar seco no quarto.

Amel. ao ar livre do exterior.

Boca

Secura da boca; úlceras; cantos fissurados.

Secura da língua, da parte de trás da garganta, da faringe.

Sensação de ardência na ponta da língua.

Gosto metálico ou amargo.

Língua espessamente coberta; com úlceras.

Garganta

Garganta seca; e sensação como se a parte de trás da língua (seca) pressionasse para cima.

Sensação de sufocação como pressão na garganta externa.

Estômago - intestino - abdômen

Dolorosa sensação de sede e fome, difícil de satisfazer.

Dores gástricas difusas.

Sensação de vazio no estômago.

Tendência à constipação.

Peito

Dores supraesternais.

Sensação de vibração cardíaca.

Falta de ar pelo menor esforço.

Taquicardia.

Dor no peito durante a tosse e espirros.

Aparelho respiratório

Sibilos e som chocalhante no peito com dificuldade para expectorar.

Respiração difícil pelo menor esforço.

Tosse espasmódica que agg. pela brisa fria, neblina, poeira, etc.

Agg. por exposição à poeira, ao frio, à noite, de manhã cedo.

Amel. pelo calor, cobrindo a cabeça.

Extremidades

Marcado dolorimento e fraqueza dos membros; com dormência e peso.

Câimbras.

Pele - Fâneros

Formação de pequenas espinhas, purulentas e prurido na face, no lábio inferior e no queixo.

Perda abundante de cabelos.

Desejos e Aversões

Aversão a comidas gordurosas; condimentadas.

Desejo de vinagre diluído; limão.

Modalidades

Agravação: Em um quarto, em ar seco.

Melhora: Ao ar livre.

Posologia

Dinamizações: 4 DH, 6 DH, 12 DH.

Diagnóstico positivo

Cefaleia de regiões fronto-occipital.

Inflamação aguda ou crônica das mucosas dos seios nasais.

Hipertrofia ou atrofia das mucosas nasais.

Diagnóstico clínico

Rinofaringite aguda.

Faringolaringite aguda.

Sinusite purulenta.

Rinite atrófica crônica.

Asma brônquica.

Pólipos nasais.

Comparações diferenciais

Mercurius bi-iodatus (Merc-i-r): Coriza com rouquidão. Secreção abundante de muco posnasal, agg. ao ar livre, amel. pelo calor.

Cinnabaris (Cinnb): dores depressivos nos ossos do crânio, com obstrução do nariz, com secreção de muco espesso, epistaxes frequentes.

Hepar sulphur (Hep): Secreções azedas, fétidas, com obstrução do nariz, assim que o paciente sai ao ar frio e amel. em um quarto quente.